Enfim a novela da premiação
chegou ao fim.
E a campanha de valorização do
profissional da educação continua forte! (ironia)
Governo paulista, PSDB, mostra
mais uma vez a vontade de investir em educação. Demorou mais saiu! E toquem a musiquinha, vinheta de motivação ao professor.
Bem que podia ter saído no dia 1º
de Abril. Afinal, não é mentira, mas poderia ser, pois é uma verdadeira piada!
Alguns se deram por satisfeitos,
outros - a grande maioria - indignados, porque trabalharam tanto para quase
nada ou nada literalmente!
E para o ministro da Educação,
Aloizio Mercadante, valorizar os professores brasileiros é meta fundamental
para o País. Desde que assumiu o comando do ministério, ele anunciou a
distribuição de tablets para os docentes do ensino médio, programas de
formação, bolsas de estudo. Mas admite que cumprir o piso salarial do
magistério deve ser a primeira medida de Estados e municípios para valorizar
esse profissional.
No entanto, na prática, os
professores que receberam estão com
dinheiro do cachorro quente garantido (seus R$ 100,00). Aos que não receberam
ficam na lamentação, na ira, na revolta. Mas não acredito em luta por seus
direitos. Há tempos que não temos uma união pelos direitos na educação do país.
Sou professor! Amo minha
profissão! Por quê? Porque somos nós que
transformamos a sociedade, nós somos os principais responsáveis por essa
política do cão!
Minha indignação a respeito de
força sindical e a grande falta de companheirismo, de luta por nossa classe.
Não percebo ações, movimento forte que nos motive ou fortaleça quanto a
reivindicações, luta pelos nossos direitos. E isso acaba refletindo muito em
jovens, em um país, em uma sociedade de acomodados.
"A principal meta da
educação é criar homens que sejam capazes de fazer coisas novas, não
simplesmente repetir o que outras gerações já fizeram. Homens que sejam
criadores, inventores, descobridores. A segunda meta da educação é formar
mentes que estejam em condições de criticar, verificar e não aceitar tudo que a
elas se propõe." (Jean Piaget)
E já que não temos um rajuste,
salário e condições dignas, que pelo menos venha essa esmola que chamam de
"bônus mérito", mas, infelizmente, tem apenas agravado ainda mais
nossa posição, nossa profissão.
Sem transparência alguma,
governo, joga um número e simplesmente não temos méritos! Minha escola teve melhor resultado no Enem, trabalhamos ano
inteiro, muitas vezes doente, cansados, somos cobrados para fazermos
avaliações, provas trabalhos diariamente. Exigem que façamos avaliações
individuais, pois alunos precisam mostrar do que são capazes, exigem recuperação
paralela, contínua, darmos chance, e vem recurso de aluno, de pais e o
caramba... Pergunto: Cadê nossa avaliação individual? Nossa recuperação? Cadê o
projeto de recuperação?
Já é hora de retomarmos o juízo, bom senso e fazermos valer a democracia, nossos direitos!
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